Na manhã de quarta-feira, 21 de maio de 2025, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou o corpo de Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, um idoso italiano de 88 anos, em avançado estado de decomposição na residência onde vivia com seus filhos, no bairro do Cocotá, na Ilha do Governador. O cadáver, já em estado de esqueletização, estava há pelo menos seis meses no local, escondido em um quarto no quarto andar da casa, completamente vedado com plásticos e fitas adesivas para conter o odor e evitar suspeitas dos vizinhos.
A investigação revelou que os filhos do idoso, Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Conceição Marchese D’Ottavio, mantiveram o corpo do pai na casa para continuar recebendo seus benefícios financeiros, que somavam aproximadamente cinco mil reais mensais, oriundos de uma pensão por morte e uma aposentadoria. Vizinhos relataram que Dario não era visto desde novembro de 2023 e que, antes do desaparecimento, eram frequentes as discussões entre ele e os filhos, principalmente sobre questões financeiras. Um dos vizinhos chegou a ouvir Marcelo gritar que havia matado o pai e jogado o corpo no lixo.
Durante a abordagem policial, os irmãos resistiram à prisão e agrediram os agentes, sendo detidos em flagrante pelos crimes de ocultação de cadáver, resistência à prisão e lesão corporal. Após a prisão, ambos foram encaminhados ao Hospital Municipal Evandro Freire, onde permanecem sob custódia policial. As autoridades seguem investigando o caso para determinar as circunstâncias exatas da morte de Dario e se houve envolvimento direto dos filhos no seu falecimento.
Por: José Leandro
Fonte: Portal R7
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