
Numa ação de fiscalização e proximidade com as comunidades escolares, uma comitiva liderada pelo presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), Francisco Teixeira, visitou hoje, quinta-feira, as escolas do denominado “Largo das Escolas”, no distrito urbano da Ingombota, em Luanda, que se encontram encerradas há vários meses devido a obras de reabilitação inacabadas.
A delegação do MEA percorreu cinco instituições de ensino: o Liceu Juventude em Luta, Ngola Kanini, Ngola Kiluange, Escola Nzinga Mbande, 1.º de Maio e o Comercial de Luanda. Em todas elas, a constatação foi unânime: as obras estão paradas ou decorrem a um ritmo extremamente lento, comprometendo o regresso dos alunos às aulas e agravando a crise no setor da educação.
“É inadmissível que milhares de estudantes continuem fora das salas de aula por falta de responsabilidade na gestão das obras. A educação não pode parar. Viemos aqui exigir celeridade e respeito pelos sonhos dos jovens angolanos”, declarou Francisco Teixeira, à saída da visita.
O MEA denuncia o impacto social e pedagógico provocado por este atraso, alertando para o risco de abandono escolar, aumento da delinquência juvenil e o retrocesso nos indicadores de alfabetização e formação técnica.
o movimento exige que as autoridades competentes apresentem um plano concreto com prazos definidos para a conclusão das obras e a reabertura imediata das escolas.
“Não vamos descansar enquanto a juventude angolana não tiver acesso digno à educação”, reforçou Teixeira, pedindo também transparência nos contratos de reabilitação escolar e maior fiscalização por parte dos órgãos públicos.