Ativistas de vários setores da sociedade civil reuniram-se nesta quinta-feira, 10 de julho, com representantes do Comando Provincial da Polícia Nacional em Luanda, no quadro dos preparativos para a manifestação agendada para o próximo dia 12, que visa protestar contra o aumento do preço do táxi.
O encontro teve como principal objetivo alinhar questões relacionadas à segurança e à logística do protesto, de forma a garantir que a manifestação decorra de maneira ordeira, pacífica e dentro dos marcos legais estabelecidos pela Constituição.
Apesar do ambiente de diálogo institucional, paira no ar a incerteza sobre a real postura da Polícia Nacional no dia da marcha. Entre os organizadores, cresce a preocupação quanto à possibilidade de condicionamento ou repressão, uma realidade que já marcou outros protestos em Angola.
A marcha, que apela à presença massiva da população, representa um grito de insatisfação popular face ao impacto direto da subida dos preços do transporte no custo de vida. Os organizadores reiteram que a ação será pacífica e que apelam à disciplina e à responsabilidade dos participantes.
Resta saber se as autoridades estarão à altura de proteger o direito que dizem garantir.
O dia 12 poderá ser um momento decisivo para a relação entre Estado e sociedade civil no exercício das liberdades fundamentais.
